Conheça as propriedades desse poderoso alimento para a saúde do nosso organismo.
Ao pesquisar a origem da palavra "Própolis", iremos descobrir que seu nome foi criado pelos gregos e tem um significado bem peculiar: defesa (pro) da cidade (polis).
É certo que com essa etimologia podemos compreender que os sábios antigos passaram tempos observando as colmeias e verificaram que este poderoso composto é fabricado pelas abelhas com o objetivo de blindar a casa delas.
"Ele promove o isolamento do ambiente, impede a entrada de luz e de umidade, além de resguardar o local de intrusos", explica o farmacêutico Pedro Luiz Rosalen, professor da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp
Ao acompanhar a agitada rotina de uma colmeia, descobrimos que a saúde das abelhas é uma prioridade do grupo. Desta forma, as pequeninas gastam boa parte de sua energia coletando resinas na vegetação ao redor com o objetivo de produzir um poderoso remédio: a própolis.
Mas e o ser humano com isso?
O ser humano, esperto, notou há séculos que poderia tirar proveito deste poderoso composto em nome do seu próprio bem-estar.
Desde o Egito antigo ele é utilizado como antisséptico, no tratamento de feridas e, inclusive, na conservação dos corpos.
As propriedades terapêuticas
O Própolis ou a Própolis (esse nome é um substantivo que pode ser usado nos dois gêneros ) “Por definição, própolis é um material que as abelhas produzem usando a própria cera e resinas de diferentes plantas”, descreve o biólogo Masaharu Ikegaki, professor da Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Ou seja, o que muda na constituição são os ingredientes obtidos na vegetação próxima às colmeias. Desse modo, a diversidade botânica faz com que as propriedades terapêuticas variem de uma versão para outra.
As propriedades anti-microbianas da própolis são enormemente reconhecidas pelas comunidades médicas de todo o mundo. É um dos poucos compostos naturais que tem unanimidade em sua aceitação nas comunidades científicas. Usado nas infecções de garganta, usado no combate ao Helicobacter pylori, causador de gastrite, úlcera e até câncer de estômago.
Na África do Sul, durante a guerra, ao final do século XIX, foi amplamente utilizada devido às suas propriedades cicatrizantes e na segunda guerra mundial foi empregada em várias clínicas soviéticas. Na antiga URSS, a própolis mereceu especial atenção na medicina humana e veterinária, com aplicações inclusive no tratamento da tuberculose, observando-se a regressão dos problemas pulmonares e recuperação do apetite. Os gregos, entre os quais Hipócrates a adotaram como cicatrizante interno e externo. Plínio, historiador romano, refere-se à própolis como medicamento capaz de reduzir inchaços e aliviar dores (PEREIRA, 2002)
E como adquirir esse poderoso alimento?
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Fontes:
PEREIRA, A. S.; SEIXAS, F. R. M. S.; NETO, F. R. A. Própolis; 100 anos de pesquisas e sua perspectivas futuras. Quim. Nova, v.25, n.2, p.321-326, 2002.
Textos de: Prof. Masaharu Ikegaki, professor da Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais
Textos de: Prof. Pedro Luiz Rosalen, professor da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp
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